Uma nova armadilha fantasiada de solução:

é assim que um dos maiores think tanks globais sobre sistemas alimentares define a cadeia de produção de “carnes vegetais”.

Um estudo realizado pelo Painel Internacional de Especialistas em Sistemas Alimentares Sustentáveis (IPES-Food) é taxativo em afirmar que as chamadas “proteínas alternativas” não salvarão o planeta, à diferença do que dizem as startups do setor.

Nos últimos anos, esse setor vem apresentando um crescimento exponencial com base nas preocupações sociais com os efeitos negativos da criação de animais para consumo.

O relatório do IPES-Food ainda aponta que em 2024 as corporações movimentarão

US$ 28 bilhões

sete vezes mais na comparação com 2020.

No Brasil, empresas como Fazenda Futuro, Butchers e Verdali têm cada vez mais espaço nos supermercados e empórios de classes média e alta.

A chave do discurso dessas empresas é a oposição aos danos provocados pela indústria da carne.

Foto: Prato Verde Sustentável

Mas, na verdade, a maioria das startups tem atraído recursos das corporações da carne e dos lácteos.

O relatório do IPES-Food traça uma sistematização completa dos investimentos no setor, que atraiu o interesse de bilionários como Bill Gates e Richard Branson (do Grupo Virgin), recursos dos governos dos Estados Unidos, da China e da Europa, e as maiores processadoras mundiais de carne – JBS, Tyson Foods e Cargill.