Guaraná, no Amazonas, está longe de ser um refrigerante. É uma planta, cujo fruto dá uma vez por ano.  Em regra, vermelho.  Às vezes, laranja, com um olho vibrante desenhado na casca.

Foto: Embrapa

O povo indígena Sateré-Mawé, detentor dos conhecimentos ancestrais acerca do cultivo e do manejo da planta,  o nomeou de Waraná.

Por ali, além de comercializado, é bebido nas casas da região, entre amigos ou ao longo do dia, para afastar o sono e a fome.

Além disso, o guaraná é o principal produto da agricultura ali.

Foto: Camila Almeida

Mas, hoje, boa parte da produção está atrelada a um complexo esquema de vantagens tributárias concedidas aos produtores de concentrado de refrigerante, apelidado de “xaropinho”, na Zona Franca de Manaus.

Foto: Secretaria Geral / Governo Federal

Instaladas por lá, corporações como Ambev e Coca-Cola brigam pela manutenção de bilhões de reais que deveriam ter como destino os cofres públicos.

Foto: Fernando Cavalcanti / Ambev

Contudo, apesar da presença da empresa no município, os produtores ficam à mercê de atravessadores, que vendem o guaraná para a AmBev por R$ 24/kg, mas os agricultores recebem apenas R$ 15, R$ 12 e às vezes até R$ 7 o quilo, já que não têm alternativa para escoar a produção.

Foto: Fernando Cavalcanti / Ambev

Para saber mais, confira em nosso site como é a cadeia produtiva do guaraná que alimenta as indústria da Zona Franca de Manaus.

Foto: Fernando Cavalcanti / Ambev

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