Na onda do privatismo que avança sobre importantes patrimônios do Brasil, corporações de alimentos e bebidas vêm nadando de braçada nas duas maiores cidades do país.
Coca-Cola, iFood e Ambev aproveitam o cenário oportuno para fazer de equipamentos públicos com alta circulação de pessoas uma vitrine para seus produtos e serviços.
Em São Paulo, o Parque do Ibirapuera passou a ter como principais patrocinadores o iFood e a Ambev.
No Rio, desde os primeiros dias de janeiro deste ano o nome da estação terminal da Linha 2 do Metrô passou a ser Botafogo Coca-Cola.
A gigante de refrigerantes agora aparece em todas as placas e letreiros no interior da estação.
E São Paulo não perdeu tempo: o governo do estado também está vendendo espaço nas vias públicas.
Em fevereiro deste ano, foi lançado o primeiro lote de licitações para conceder a exploração publicitária dos nomes de algumas estações de metrô.
Esses casos são considerados uma espécie de projeto-piloto que serviu de inspiração para a licitação de parques federais e áreas de proteção ambiental pelo Brasil.
Com o incentivo do BNDES.
Apenas no estado de São Paulo, uma mesma empresa acumula até agora a gestão de oito parques públicos.
Na carteira atual de concessões de unidades de conservação do BNDES, existem 34 projetos na esfera estadual.
Além do projeto de concessão no Parque Nacional de Foz do Iguaçu, que se encontra em estágio mais avançado.