Ao menos 13 mil indígenas migram para essas cidades todos os anos para trabalhar. Muitos deles encontram nas propostas das empresas uma forma de superar as vulnerabilidades econômicas, sociais e sanitárias enfrentadas em seus territórios.
explica Liebgott, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) na região Sul do Brasil.
Trabalho infantil, jornadas extensas de trabalho, contratações por meio de diárias com valores irrisórios, ausência de registro de trabalhadores, alojamentos precários e fornecimento de água e comida inadequados.
Para tentar coibir esta situação, o MPT-MS instaurou em 2014 um procedimento promocional, que é um instrumento jurídico que visa à regularização nas formas de contratação desses trabalhadores e o acompanhamento nas condições oferecidas para realizarem a colheita da maçã.
Mas… Outro indígena do Mato Grosso do Sul, que também não quis se identificar, afirmou que, neste ano, durante a contratação, foi orientado para mentir ao MPT , caso fossem questionados sobre qualquer coisa referente às condições de trabalho.
Outro problema apresentado é o contato direto que os trabalhadores têm com os agrotóxicos utilizados nas macieiras.
Ainda que adoecendo, muitos trabalhadores não recorrem ao ambulatório da empresa e permanecem doentes, uma vez que o atendimento médico e os remédios são cobrados.
Atualmente, há dois tipos de contratações de indígenas como safristas, mas muitas contratações acabam sendo clandestinas.