o dilema das tecnologias sobre a alimentação
Nos últimos anos, elas mudaram muita coisa. Mas redes sociais, aplicativos e smartphones também transformaram principalmente o nosso jeito de comer.
Transformaram tanto que alguns pesquisadores da alimentação dizem que existe atualmente um ambiente alimentar digital.
No ambiente digital, os aparatos tecnológicos influenciam a maneira que adquirimos e que consumimos a nossa comida. Isso, para melhor ou pior.
O maior consumo de ultraprocessados acompanha os meios digitais. Pesquisas indicam que a oferta de ultraprocessados é grande em aplicativos.
Os apps de delivery são um exemplo. Prometendo uma ocupação flexível com remuneração relativamente atrativa, os aplicativos atraíram muita gente.
Para os entregadores, a remuneração caiu nos últimos anos, sobretudo após a pandemia, e as exigências das plataformas aumentou desproporcionalmente.
As condições de trabalho em aplicativos motivaram protestos nos últimos tempos. As reivindicações mostram a necessidade de criar regras para os apps.
O faturamento com o delivery, porém, é baixo. Dificilmente passa de 20%, mesmo com a pandemia, segundo a Associação Nacional de Restaurantes.
O monopólio nos apps de entrega é outra dificuldade para os estabelecimentos. O iFood, responde a um processo por concentração de mercado.
Em entrevista, um dos diretores da plataforma afirmou que defende uma maior proteção do Estado aos trabalhadores e negou práticas de monopólio.