Mais uma safra recorde de grãos! O Brasil do agro é pop parece ter muito a comemorar. Mas, onde entra soja, gado e milho, alguma coisa tem de sair. Já se foi o Cerrado. Já se vai a Amazônia. O arroz, o feijão, a mandioca estão na lista: nosso consumo per capita caiu consideravelmente ao longo das últimas décadas. Fomos a Belo Horizonte e ao Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, mostrar por que nossa cultura alimentar está tão ameaçada. E por que preservá-la não é uma questão de saudosismo, mas de identidade.
Entrevistados:
- Vandir Rodrigues dos Santos, morador do quilombo Ivaporunduva
- Patricia Brito, banqueteira e pesquisadora em alimentação ancestral
- João da Mota, morador do quilombo Nhunguara
- Maria Tereza Vieira, moradora do quilombo Nhunguara
Fontes de informação citadas no episódio
- Quem canta a música do início do episódio é o João Rosa, do Quilombo Sapatu. A captação foi feita pelo Instituto Socioambiental (ISA), que disponibiliza no Youtube vários vídeos sobre a cultura quilombola.
- A paródia com o discurso da Dilma foi feita pelo Timbu Fun e está disponível no Youtube.
- As sonoras de publicidades foram retiradas de vídeos públicos disponíveis na internet.
- A culinária caipira da Paulistania, de Carlos Alberto Doria (2018)
- O Censo Agropecuário 2017 está disponível no site do IBGE.
Para saber mais…
- Para aprender mais sobre a roça de coivara, descrita pelo João da Mota, veja o vídeo do ISA.
- Para entender o que está em jogo com a perda da cultura alimentar, escute o episódio “Pipoca, pamonha e canjica”, do 37 Graus, sobre a diversidade do milho guarani.
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou sugestão sobre o episódio, fala com a gente nas redes sociais ou no email [email protected]
Roteiro João Peres | Narração João Peres & Natália Silva | Produção e edição Natália Silva | Checagem de fatos João Peres e Moriti Neto | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilha sonora Quincas, de Beto Villares (disponível em Free Music Archive) e Blue Dot Sessions
Esse podcast está no ar graças ao apoio da Fundação Heinrich Böll