Imagina que alguém rouba algo de você. Não algo de valor material, mas de grande valor afetivo. É irrecuperável, né? Então, a apropriação de identidades e afetos é isso. E daí vale quase tudo. Além de utilizar celebridades, imagens, cores, luzes e músicas impactantes, a publicidade tem usado causas sociais para atingir esses objetivos de consumo e lucro. Tem sido comum ver bandeiras legítimas de movimentos feministas, negros e LGBTQIA+ sendo apropriadas para esses fins. A indústria faz parecer que há um movimento inclusivo na publicidade, mas, via de regra, o que está acontecendo é uma adequação de forma, nem tanto de conteúdo.
Entrevistados:
- Guilherme Borducchi, publicitário e pesquisador de narrativas em plataformas multimídia.
- Thalita Flor, militante do movimento feminista negro, pela alimentação saudável e cozinheira vegana.
Fontes de informação citadas no episódio
- As sonoras de publicidades foram retiradas de vídeos públicos disponíveis na internet.
- Publicidade 1: Sazon, da Ajinomoto, peça “Amor”, de 1992.
- Publicidade 2: Ifood, peça “Namorada”, da agência NBS, de 2014
- Publicidade 3: Sazon, da Ajinomoto, peça “Xô piriguete”, da agência Dentsu, de 2016.
- We Were Feminists Once, Andi Zeisler
- O mito da beleza, Naomi Wolf
- A Criação dos mitos na publicidade, Sal Randazzo
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Roteiro e narração Amanda Flora & Moriti Neto | Produção e edição Natália Silva | Checagem de fatos João Peres e Moriti Neto | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilha sonora Quincas, de Beto Villares (disponível em Free Music Archive) e Blue Dot Sessions
Esse podcast está no ar graças ao apoio da Fundação Heinrich Böll