
Mesa Cheia
Já pensou em usar o Prato Cheio nas escolas e universidades? Aqui você pode fazer o download de um material que preparamos especialmente para ser usado em sala de aula. Elencamos alguns dos episódios mais didáticos para auxiliar uma roda de discussão e ainda deixamos sugestões de exercícios para enriquecer a experiência de quem ouvir nosso podcast. Aproveitem!
2ª Temporada
Depois de uma estreia de sucesso, o Prato Cheio volta ao ar para uma segunda temporada. Dessa vez, vamos tratar de como a relação da indústria de alimentos com a ciência afeta os nossos sistemas alimentares, moldando hábitos, distorcendo consensos científicos e influenciando a adoção de políticas públicas.
Episódio 13 – Final – T2 | Lavando a louça suja: Três histórias sobre alimentação
Comida tem tudo a ver com racismo, machismo e colonialismo. Isso quem diz são Caroline Costa, Govinda Lilamrta e Tainá Marajoara, três mulheres com histórias de vida ligadas intensamente à alimentação. Reunimos o trio de cozinheiras, mães, ativistas para lavar a louça suja, em um debate ao vivo para lá de saboroso, no último episódio da 2ª temporada do Prato Cheio. Ao longo da conversa, a troca de conhecimento era apimentada pelas provocações entre as três.
Entrevistadas
- Caroline Costa, natural do Rio, encontrou na alimentação um jeito de conhecer pessoas e trocar experiências. Prefere, para comer, tudo o que é à base de plantas e compartilha saberes e práticas alimentares nas redes sociais.
- Govinda Lilamrta, vegetariana desde criança, acredita que cada escolha no dia a dia pode ajudar a transformar o mundo. É chef e proprietária do restaurante Pratada!, em São Paulo, onde os pratos têm inspiração indiana e obedecem à filosifia do amor e devoção.
- Tainá Marajoara, chef, realizadora cultural, pensadora. Com esses predicados, ela lidera o Instituto Icitata, um projeto voltado a resgatar as tradições amazônicas na cozinha, em Belém, onde é referência na culinária regional.
Para saber mais…
- @Afro.sou, o perfil da Caroline Costa no Instagram.
- @Pratadasp, o perfil do restaurante da Govinda nas redes sociais.
- @Iacitata_, o perfil do instituto liderado por Tainá Marajoara.
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou sugestão sobre o episódio, fala com a gente nas redes sociais ou no email [email protected]
Apresentação Denise Mota | Produção Marina Yamaoka | Direção Guilherme Zocchio | Edição de Som Victor Oliveira | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilhas sonoras Blue Dot Sessions, Vimeo e Youtube
Episódio bônus 4 – T2 | Não existe almoço grátis
A frase que se tornou chavão na boca de economistas serve para lembrar um ponto importante. As decisões dos governos sobre a economia podem facilitar, mais ou menos, o acesso que as pessoas têm ao direito a uma alimentação e nutrição adequadas. No Brasil, isso se tornou verdade com um ciclo de políticas que culminou, em 2014, com a saída do Mapa da Fome. Uma mudança recente de percurso, entretanto, fez com que milhões de brasileiros voltassem, pouco tempo depois, a viver a ameaça de não ter comida no dia a dia.
Entrevistadas:
- Tereza Campello, economista, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
- Grazielle Custódio David, doutoranda em desenvolvimento econômico pela Unicamp, produtora do podcast ‘É da sua conta’ e assessora da Red de Justicia Fiscal de América Latina y el Caribe
Fontes de informação citadas no episódio
Dados, estudos e pesquisas
- Curso Básico de Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas (Dhana) (Fian-Brasil)
- Seminário: Dia Mundial da Alimentação 2020 – sexta-feira (FSP-USP/Youtube)
- Artigo: ‘Reforma trabalhista: divórcio entre trabalhadores e alimentação adequada’ (O Joio e O Trigo)
- Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 (IBGE)
Reportagens
- Disparada nos preços: por que o arroz está tão caro? (TV Bandeirantes)
- Governo descarta tabelar preço e diz que arroz não vai faltar (Jovem Pan News)
- Análise: o papel do governo em meio à alta do arroz (Globo News)
- ‘Talvez eu desista’, diz Paulo Guedes sobre novo imposto digital (CNN Brasil)
- FMI defende taxar mais ricos para lidar com aumento da dívida no pós-pandemia (Folha de S.Paulo)
- Após pressão por MP, sociedade civil cobra execução de programa alimentar durante a pandemia (O Joio e O Trigo)
- Arquitetura da destruição das políticas de combate à fome no Brasil (O Joio e O Trigo)
- Bolsonaro pede patriotismo, mas omite papel do governo em alta do arroz (O Joio e O Trigo)
- Com desemprego e cortes, fome e pobreza voltam a ser preocupação central (O Joio e O Trigo)
- Coronavírus: Brasil não tem estoque de alimentos para enfrentar desabastecimento (O Joio e O Trigo)
- Discretamente, o Brasil está se divorciando do feijão (O Joio e O Trigo)
- No Censo Agropecuário, o latifúndio sobe e a produção familiar desce (O Joio e O Trigo)
- No governo do Mito, compras públicas de alimentos viram lenda (O Joio e O Trigo)
- O fim anunciado dos estoques públicos de alimentos no Brasil (O Joio e O Trigo)
- O governo deveria estocar arroz, não você (O Joio e O Trigo)
- Por que o fim dos estoques públicos de alimentos do Brasil é um problema (O Joio e O Trigo)
Para saber mais…
- Curso: Economia e o Dhana (Fian)
- Reportagem: O que o dólar alto tem a ver com a destruição da Amazônia e do Cerrado (O Joio e O Trigo)
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou sugestão sobre o episódio, fala com a gente nas redes sociais ou no email [email protected]
Roteiro Guilherme Zocchio | Narração Amanda Flora & Victor Matioli | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilhas sonoras Blue Dot Sessions, Vimeo e Youtube | Direção de Temporada Guilherme Zocchio
Episódio bônus 3 – T2 | Abastecendo o direito à alimentação
Que a comida percorre uma longa jornada para chegar ao prato não é uma novidade. Mas esse percurso pode ser mais ou menos tortuoso, a depender das políticas públicas que garantem o abastecimento alimentar. Convencionou-se chamar de jornada do herói o caminho de um personagem por obstáculos até um desfecho de estabilidade. O mesmo vale para a comida. Acompanhe como as bananas produzidas por um agricultor no Vale do Ribeira são mais ou menos influenciadas pelos programas de abastecimento no Brasil.
Entrevistados:
- Oseas dos Passos, bananicultor em Miracatu, no interior do Estado de São Paulo
- Renato Maluf, economista, ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)
- José Graziano, agrônomo, ex-diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
Fontes de informação usadas no episódio
Dados, estudos e pesquisas:
- “Desmistificando a Jornada do Herói em J.R.R. Tolkien” (Tolkienista)
- A Jornada do Herói Sérgio e dos outros meninos n’O Ateneu, de Raul Pompeia (UFAM)
- Censo Agro 2017 (IBGE)
- Relatório: Quem paga a conta? (Oxfam – 2020)
- Ripe for change – Ending human suffering in supermarket supply chains (Oxfam – 2018)
- Atlas do Agronegócio: Fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos (Fundação Heinrich Böll – 2018)
Reportagens:
- No governo do Mito, compras públicas de alimentos viram lenda (O Joio e O Trigo)
- O fim anunciado dos estoques públicos de alimentos no Brasil (O Joio e O Trigo)
- Bolsonaro pede patriotismo, mas omite papel do governo em alta do arroz (O Joio e O Trigo)
- No Censo Agropecuário, o latifúndio sobe e a produção familiar desce (O Joio e O Trigo)
- Coronavírus: Brasil não tem estoque de alimentos para enfrentar desabastecimento (O Joio e O Trigo)
- José Graziano: ‘Segurança alimentar nas mãos do mercado entrega os pobres à fome’ (O Joio e O Trigo)
- ‘Bolsonaro agravou a situação da fome’, diz ex-presidente do Consea (O Joio e O Trigo)
Para saber mais…
- Curso: Abastecimento e o Dhana (Fian)
- Livro: ‘Donos do Mercado’, de João Peres e Victor Matioli (O Joio e O Trigo/Ed. Elefante)
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou sugestão sobre o episódio, fala com a gente nas redes sociais ou no email [email protected]
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Episódio bônus 2 – T2 | A gente não quer só comida
A merenda escolar se tornou o melhor exemplo de como um programa de Estado pode garantir o direito humano à alimentação e nutrição adequadas. Ajuda a aliviar os efeitos da desigualdade social e é importante para oferecer a mais completa —ou, às vezes, a única— refeição do dia para milhões de crianças pelo Brasil. No entanto, essa conquista da sociedade precisa ser defendida cotidianamente, pois não são poucas as tentativas para torná-la de pior qualidade.
Entrevistados
- Lenira Djatsy, vice-diretora da escola na aldeia Nhamandu Mirim, Terra Indígena Piaçaguera
- Daniela Bicalho, nutricionista, doutoranda em ciências dos alimentos pela Faculdade de Saúde Pública da USP e pesquisadora na área de alimentação escolar
Fontes de informação citadas no episódio
Dados, estudos e pesquisas
- Guia sobre Alimentação Escolar Informe-se e saiba como agir, cobrar, e trabalhar pela proteção de todos de maneira colaborativa (FBSSAN)
- Orientações para a execução do PNAE – Pandemia do Coronavírus (Covid-19) (FNDE)
- Relator da ONU participará de audiência sobre a violação do direito à alimentação escolar (FBSSAN)
- Índios de Piaçaguera conseguem sua primeira conquista na luta por uma alimentação escolar de melhor qualidade (CPI-SP)
Reportagens
- Fome: o pós-pandemia pode ser trágico (Outra Saúde)
- Arroz chega a custar R$ 40, e setor diz que preço deve continuar em alta (UOL)
- “Brasil fica para trás”, diz relator da ONU sobre alimentação escolar (Carta Capital)
- Pais de alunos de escolas estaduais do RJ reclamam de ‘cesta básica’ com menos de 3 kg de alimentos (G1)
- Na pandemia, direito à alimentação escolar vira caso de Justiça (Carta Capital)
- Após 4 meses de quarentena, Prefeitura de SP anuncia distribuição de vale-alimentação a toda rede municipal (G1)
- Prefeitura de SP abre cadastro de ampliação do vale-alimentação para alunos da rede municipal; veja como se cadastrar (G1)
- Covas muda merenda de creches em SP e ignora nutricionistas (Folha de S. Paulo)
Para saber mais…
- Módulo sobre exigibilidade e direito humano à alimentação (Fian)
- Merenda em casa (Governo do Estado de São Paulo)
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Roteiro Marina Yamaoka | Narração Amanda Flora & Victor Matioli | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilhas sonoras Blue Dot Sessions e Youtube | Direção de Temporada Guilherme Zocchio | Foto de capa Governo do Estado da Bahia
Episódio bônus 1 – T2 | A comida e o cuidado com todos
Faz dez anos só que o Brasil incorporou o direito à alimentação como uma garantia prevista na Constituição. A inclusão teve um papel simbólico importante, pois ao mesmo tempo consolidou uma necessidade de milhões de pessoas no país e reconheceu a importância da comida para a nossa cultura. Mas, como este país não é para amadores, pouco tempo depois uma série de retrocessos viriam a ferir um mínimo tão fundamental para se ter uma vida com dignidade.
Entrevistados
- Ana Santos, co-fundadora do Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM)
- Lis Furlani Blanco, doutora em Antropologia Social pela Universidade de Campinas (Unicamp)
Fontes de informação
Dados, estudos e pesquisas
Reportagens
- Fome: o pós-pandemia pode ser trágico (Outra Saúde)
Para saber mais…
- Módulo introdutório sobre o direito humano à alimentação e à nutrição adequadas (Fian)
- Apostila Curso Básico de Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas (Dhana) – Módulo 1
- Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM)
- Campanha “Gente é para brilhar, não para morrer de fome”
- Livro: Destruição em Massa, Jean Ziegler
- Podcast: Especial Coronavírus #1 – Bolsonaro e a arquitetura da destruição
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Episódio especial 1 – T2 | Fome e Pandemia entre os Guarani-Kaiowá
Expulsos de suas terras originais e sujeitos à violência, os Guarani-Kaiowás são uma das etnias indígenas cuja segurança alimentar e nutricional mais preocupa no país. Adicione ao quadro uma pandemia, como a do coronavírus, vivida atualmente, e a situação se torna ainda mais preocupante. No entanto, por trás dessa série de problemas, a cultura desses povos resiste, perpetuando práticas espirituais no trato com a natureza e com a alimentação.
Entrevistados
- Eliel Benites, liderança Guarani-Kaiowá e professor de ensino fundamental
- Levi Pereira, antropólogo, professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
- Anastácio Peralta, Guarani-Kaiowá, pesquisador no curso de Licenciatura Indígena Teko Arandu, da Faculdade de Estudos Indígenas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Fontes de informação citadas no episódio
Dados, estudos e pesquisas
- Identidade Nacional Brasileira em O Guarani: Literatura e Música em diálogo (Abralic)
- Relatório: O direito humano à alimentação adequada e à nutrição do povo Guarani e Kaiowá – um enfoque holístico (Fian-Cimi)
- Escala Brasileira de Insegurança Alimentar-Ebia (Governo Federal)
- Dicionário Ilustrado Tupi-Guarani
- Aumento de área faz safra recorde de soja ser ainda maior em MS (Governo do Estado de Mato Grosso do Sul)
- Cartografía de Ataques contra Indígenas (Cimi)
- Lei 14.021/2020 (Governo Federal)
- Panorama Geral da Covid-19 entre indígenas (Apib)
- Koronaviru imba’éixapa jaipe’a nhande jehegui upe mba’asy? (UFGD)
Reportagens
- População indígena do Mato Grosso do Sul é a terceira mais contaminada por agrotóxicos no país (Amazônia Real)
- Em decisão inédita, indígenas vítimas de ‘chuva de agrotóxico’ recebem R$ 150 mil de indenização (Repórter Brasil)
- Contaminação de indígenas em Dourados partiu de frigorífico da JBS (Agência Pública)
Para saber mais…
Músicas — Ruspô (Soundcloud) e Brô MCs (reportagem no Nexo)
Site — Povos Indígenas do Brasil (ISA)
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Roteiro Guilherme Zocchio & Ana Mendes | Narração Amanda Flora & Guilherme Zocchio | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilhas sonoras Ruspô, Brô MCs, Bluedot Sessions e Youtube | Foto de capa do episódio Expedição Guarani Kaiowa – Mato Grosso do Sul/percursodacultura/CC
Episódio 12 – T2 | À espera da fuga das galinhas
Sob a preocupação de manter o bem-estar animal e conseguir um produto mais em conta, muita gente opta, ao fazer compras, por ovos que contêm um selo dizendo que são produzidos por galinhas livres de gaiolas. Entretanto, o que essa modalidade promete nem sempre é cumprido à risca. Granjas que produzem ovos ditos sem gaiolas incorrem em práticas de maus tratos aos animais e, também, violam os direitos de seus trabalhadores.
Entrevistados
- Marcos Hermanson Pomar, jornalista. Escreveu a reportagem sobre as galinhas livres de gaiola para O Joio e O Trigo.
- Romeu Leite, produtor de ovos orgânicos da granja Vila Yamaguishi, que fica em Jaguariúna, no interior paulista.
- Maria Fernanda Martin, zootecnista e especialista em bem-estar animal da ONG Humane Society International.
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- Dados sobre consumo de ovos no Brasil
- Diretiva europeia sobre criação de galinhas
- Estudo sobre motivação dos consumidores para comprar ovos de galinhas livres de gaiola
- Estudo sobre as percepções dos trabalhadores da agroindústria avícola que adoeceram mentalmente devido às repercussões do trabalho em sua saúde
- Instruções normativas 46, de 2011, e 17, de 2014, do Ministério da Agricultura sobre sistema orgânico de galinhas poedeiras
- Instrução Normativa nº 56, de 2008, sobre criação de animais e bem-estar animal
Reportagens
- Quando a embalagem esconde a realidade: choques, maus-tratos e fraudes na vida das galinhas “livres de gaiola” (O Joio e O Trigo)
- O vírus está no prato (Revista Piauí)
Para saber mais…
Livro — Pandemia e agronegócio, de Rob Wallace (Editora Elefante)
Filme — A Fuga das Galinhas
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Episódio 11 – T2 | Intestinos, a fronteira final
Os micro-organismos que vivem dentro da sua barriga valem milhões em dinheiro. Mas, talvez, você não veja um só tostão. Cada vez mais, as pesquisas científicas estão avançando em descobertas sobre a microbiota intestinal. As descobertas são promissoras: bactérias, fungos e outros seres microscópicos parecem ter um papel fundamental não só na digestão, como em diversos processos metabólicos. A abertura dessa nova fronteira científica, no entanto, não poderia deixar de despertar o interesse de grandes corporações de remédios e os alimentos.
Entrevistado:
- Júlio Daleprane, professor do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
Estudo sobre a composição da microbiota humana
Nossas microbiotas podem ser 100% diferentes
Estudo sobre aditivos e microbiota
Estudo sobre antibióticos e microbiota
Estudo sobre a relação entre dieta e saúde da microbiota
Fundação Gates investe em pesquisa em microbiota
Projeções sobre o mercado de probióticos
O mercado de prebióticos, segundo a Cargill
Estudo sobre microbiota e o novo coronavírus
Análise da linhagem de probióticos (Anvisa)
Força-tarefa Funcionais (ILSI)
Reportagens
As bactérias da sua pança valem bilhões de dólares. Não para você (O Joio e O Trigo)
Os bolsos gordos da ciência da obesidade (O Joio e O Trigo)
Intestino: seu segundo cérebro (Super Interessante)
O que é a microbiota e por que ela tem sido foco de pesquisas (Nexo)
Probióticos podem fazer mal? Entenda quando eles devem ser consumidos (Uol)
Microbiota intestinal: cada vez mais importante (Veja Saúde)
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Episódio 10 – T2 | Água mole, privatização suja
Sob o velho conto da carochinha que diz que o serviço privado é melhor do que o público, o Brasil aprovou o Marco Legal do Saneamento. Sem meias palavras, trata-se de um “liberô-geral” para que empresas particulares ganhem às custas da água, um bem público e essencial. O projeto que deu origem ao marco foi pensado por gente ligada à iniciativa privada, visando aos lucros de um punhado de empresas. Um deles é o senador Tasso Jereissati, cujos passos dão a trilha deste episódio.
Entrevistados
- Edson Aparecido da Silva, secretário-executivo do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas)
- Marco Antonio Rocha, professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Fontes de informação usadas no episódio
Dados
- Presidente Bolsonaro sanciona novo marco legal do saneamento básico (Governo Federal)
- Dados sobre saneamento básico no Brasil (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento)
- Relatório sobre reestatização do saneamento no mundo (Transnational Institute)
Reportagens
- Toma essa: os bilhões que damos todos os anos à indústria de refrigerantes (O Joio e O Trigo)
- Pescadores de águas turvas: quem lucra com a privatização forçada do saneamento no Brasil (O Joio e O Trigo)
- Quando as águas se misturam, quem sai perdendo? (O Joio e O Trigo)
- Qual o interesse de Coca e Ambev na privatização da água da torneira? (O Joio e O Trigo)
- O mercado financeiro quer tudo dos serviços de água e esgoto. Isso não é uma boa notícia (O Joio e O Trigo)
- Você defende a privatização da água? As empresas podem nem querer a sua cidade (O Joio e O Trigo)
- O novo marco legal do saneamento básico sob análise (Nexo)
- Sabesp ignorou ordem e assinou contratos com grandes consumidores (El País)
- Dono da maior fortuna do Senado será relator da reforma da Previdência (Congresso em Foco)
Para saber mais…
- Documentário — Ouro Azul – Guerras pela água do mundo (Dir. Sam Bozzo)
- Podcast — O “novo” marco do saneamento básico no Brasil (Politicamente incorreto…e ambientalmente também)
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Episódio 9 – T2 | Covid-19 e o surto de charlatanismo
Alho fervido com limão. Ozônio. Hidroxocloroquina. Sangue de pessoas da Geórgia. Vitamina D. Das mais caseiras e bizarras às aparentemente mais razoáveis, a pandemia provocada pelo coronavírus proliferou, além das infecções, uma série propostas para tratamento que parecem científicos, mas são. Usam de elementos da linguagem científica, dizem que têm base científica e alguns até contam com apoio de cientistas, mas, repita-se, não são. São charlatanismo puro e simples, tendo os suplementos de Vitamina D como o principal expoente da prática.
Entrevistados
- Fernando Lamarca, professor da Escola de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
- Mylena Melo, jornalista. Escreveu reportagens com Nathália Iwasawa sobre vitamina D para O Joio e o Trigo
Fontes de informação citadas no episódio
Artigos, dados e pesquisas
- Mitos e confusões sobre a Covid-19 (Ipsos)
- FAQ da Organização Mundial da saúde sobre Covid-19 (OMS)
- Base de dados: informação verificada sobre o coronavírus (Latam Chequea)
- Estudo que aponta para forte correlação entre prevalência de deficiência grave de vitamina D e taxa de mortalidade populacional da Covid-19 na Europa (medRxiv)
- Estudo que traz “evidências” de que a suplementação com vitamina D poderia reduzir o risco de Influenza e infecções e mortes por COVID-19 (Nutrients)
- Covid-19: artigo sugere que vitamina B12 pode auxiliar no tratamento (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)
- Regularização de Produtos – Registro (Anvisa)
- Saúde sem Fake News (Ministério da Saúde)
Reportagens
- Vitamina D: a publicidade não vai nos salvar da Covid-19 (O Joio e O Trigo)
- Vitamina D: um milagre que une governo Bolsonaro, indústria e pseudociência (O Joio e O Trigo)
- Desinformação circula nas redes disfarçada de ciência durante pandemia (Folha de S. Paulo)
- Receita caseira com jambu, alho e limão não cura a Covid-19 (Estadão)
- Coronavírus: corrente de Whatsapp dissemina informações falsas sobre prevenção (Estadão)
- Limão com bicarbonato não cura Covid-19 e pode fazer mal à saúde (Estadão)
- #Verificamos: Não há evidências científicas de que falta de vitamina D cause mortes por Covid-19 (Agência Lupa)
- #Verificamos: É falso que alimentos com ‘pH mais alcalino’ ajudam no combate à Covid-19 (Agência Lupa)
- #Verificamos: É falso que chá de limão, alho e jambu cura a Covid-19 (Agência Lupa)
- #Verificamos: É falso que água fervida com alho cura o novo coronavírus (Agência Lupa)
- Médicos não indicaram vitamina C e chá de erva-doce contra coronavírus (Aos Fatos)
- Vitamina C com zinco não previne nem trata sintomas do novo coronavírus (Aos Fatos)
- Corrente engana ao indicar vitamina C e água quente com limão contra coronavírus (Aos Fatos)
- É #FAKE que alho cru e açafrão previnam a infecção pelo coronavírus e curem a Covid-19 (G1)
- Vídeos afirmando que os cientistas australianos dizem que as bananas podem ‘prevenir’ Covid-19 são falsos (VERA Files)
- Médico tem atuação interditada por conselho após afirmar que planta do cerrado pode prevenir coronavírus (G1)
Para saber mais…
Podcast — Superalimentos
Reportagem — Este texto do Nexo mostra que dois estudos encontraram correlação entre níveis adequados de Vitamina D e menos chance de doença pelo coronavírus, mas reforça que a suplementação é necessária apenas para casos de insuficiência do nutriente
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Episódio 8 – T2 | A indústria da amolação infantil
“Compre bombom, compre bombom….”, “Eu tenho, você não tem!” “Mãe, eu quero uma chicória!”. De exemplos, a memória está cheia. Mas a publicidade infantil não mais se restringe ao rádio ou televisão. Quem é pai ou mãe sabe que o assédio é geral, e, na internet, em especial, abundam propagandas para vender alguma tralha. A indústria, especialmente a de alimentos, usa e abusa da propaganda para amolar famílias a comprar de brinquedos a guloseimas que não fazem nada bem à saúde.
Entrevistados
- Vanessa Anacleto, co-fundadora do Milc, Movimento Infância Livre de Consumismo
- Livia Cattaruzzi, advogada do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana
- Inês Maria Vitorino Sampaio, Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Juventude e Mídia da Universidade Federal do Ceará
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- 10 motivos para evitar a publicidade infantil (Milc)
- Contribuição da Psicologia para o fim da publicidade dirigida à criança (Conselho Federal de Psicologia)
- Pesquisa sobre efeitos da exposição a alimentos não saudáveis e publicidade a bebidas não alcoólicas sobre o consumo em crianças e adulto
- Porque a publicidade é ruim para as crianças (Instituto Alana)
- Dados sobre obesidade infantil no mundo (OMS)
- Projeto de Lei 5921/2001 sobre publicidade infantil
- Senacon realiza consulta pública sobre regulamentação da publicidade infantil (Ministério da Justiça)
- Pesquisa “Publicidade infantil em tempos de convergência”
- Estudo: Regulamento de publicidade de alimentos para crianças – uma estrutura para analisar e melhorar o desempenho dos instrumentos regulatórios
- Os impactos da proibição de publicidade dirigida às crianças no Brasil (The Economist)
- Estudo: Comercialização de alimentos para crianças e adolescentes e o licenciamento de personagens em alimentos empacotados no supermercado
- Estudo: Exposição à marcas de alimentos em advergames e efeitos no consumo de lanches nos Estados Unidos
- Estudo: Efeitos do marketing digital de comida-porcaria entre os jovens
Reportagens
- A dor e a delícia de criar filhos em um mundo digital (Nexo)
- Ministério da Justiça abre investigação contra o McDonalds por publicidade infantil (O Joio e O Trigo)
- Pesquisas mostram que publicidade confunde mães e provoca ’amolação’ (O Joio e O Trigo)
- Na Câmara, projeto sobre publicidade infantil aguarda aprovação há 17 anos (O Joio e O Trigo)
- De acordo com estudo, 80% dos produtos licenciados tem o público infantil como alvo (Terra)
- Obesidade infantil: Precisamos falar sobre a publicidade de alimentos (Huffington Post)
- Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas em 2025, estima organização (Terra)
- 72% são contra propaganda de refrigerantes a criança, diz Datafolha (Folha de S. Paulo)
- Entidades se mobilizam contra flexibilização da publicidade infantil (Meio e Mensagem)
- Um guia sobre a necessidade de criar regras para a publicidade infantil (O Joio e O Trigo)
- Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária (Época)
Para saber mais…
Documentário — Criança, a alma do negócio (Instituto Alana)
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Episódio 7 – T2 | P… Anvisa!
Um iogurte supostamente rico em proteínas. Um biscoito com alegações sobre vitaminas e minerais. Um salgadinho vendido como fonte de fibras. Muita história para boi dormir. Empresas se aproveitam de um vazio deixado pela ausência de regras no Brasil para enaltecer aspectos contraditórios de alimentos ultraprocessados — que fazem mal à saúde. Essa estratégia, que confunde consumidores pelo país, no entanto, não seria possível sem certa omissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
Entrevistados
- Cecília Cury, advogada, e uma das idealizadoras da campanha “Põe no rótulo”
- Edgar Gastón Jacobs, doutor em Direito e pesquisador das relações entre direito e economia
- Carolina Grehs, nutricionista e co-fundadora do aplicativo “Desrotulando”
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- Estudo: os rótulos nutricionais “com baixo teor de gordura” podem levar à obesidade?
- Comparação do conteúdo nutricional dos produtos, com e sem alegações nutricionais, dirigidas às crianças no Brasil
- Exemplos do que os rótulos de alimentos não devem conter (Anvisa)
- Anvisa altera alegações nutricionais em alimentos (Anvisa)
- A gordura trans que você não vê (Idec)
- Relatório de Análise de Impacto Regulatório sobre Rotulagem Nutricional (Anvisa)
- Refresco Tang: multa milionária por dizer ‘meias verdades’ (OPA)
- Rotulagem de alimentos e doenças crônicas: percepção do consumidor no Brasil (Idec)
- Resolução da Diretoria Colegiada n.54 (Anvisa)
- Anvisa vai determinar regras para o uso do termo ‘integral’ em alimentos (Idec)
Reportagens
- Anvisa quer coibir informação enganosa em rótulo de alimento (O Joio e O Trigo)
- Pepsi e Coca-Cola travam guerra das ‘águas’ (G1)
- A ‘aura saudável’: como o bom marketing engana consumidores (The Guardian, em inglês)
- Justiça suspende multa da Coca-Cola por propaganda enganosa do Aquarius Fresh (O Tempo)
- “Não somos racionais e isso determina nossas escolhas alimentares” (O Joio e O Trigo)
Para saber mais…
Site — Observatório de Publicidade de Alimentos
Campanha — Põe no Rótulo
Aplicativo — Desrotulando
Se você tiver alguma dúvida, comentário ou sugestão sobre o episódio, fala com a gente nas redes sociais ou no email [email protected]
Roteiro Marina Yamaoka & Marina Fontanelli | Narração Juliana Geitens & Amanda Flora | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilha sonora Blue Dot Sessions | Direção de Temporada Guilherme Zocchio
Episódio 6 – T2 | Hipocrisia S/A
“Não existe almoço grátis”, dizia a célebre máxima do economista Milton Friedman. A frase bem serve para explicar o quadro Solidariedade S/A, do Jornal Nacional, da Rede Globo. Nele, megacorporações usam uma larga fatia de tempo para divulgar ações de solidariedade contra os efeitos da pandemia de Covid-19. Mas, sob o manto de uma benevolência supostamente voluntária, aproveitam-se de um espaço que troca o jornalismo pela publicidade para inflar números e esconder práticas abusivas.
Entrevistados
- Tatiana Merlino, jornalista. Escreveu a reportagem ‘Hipocrisia S/A’ que foi publicada no site de O Joio e o Trigo.
- Beatriz Barbosa, diretora do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
- Rogério Christofoletti, professor e pesquisador do Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina
- Roberto Baggio, integrante da direção nacional do MST
Fontes de informação citadas no episódio
Dados e pesquisas
- Artigo sobre a origem do filantrocapitalismo
- Pesquisa sobre como a responsabilidade social corporativa cria uma ‘aura de saúde’
Reportagens
- Hipocrisia S/A: o que a Globo não mostra sobre as empresas “solidárias” durante a pandemia (O Joio e O Trigo)
- Mais do que nunca, se o campo não planta, a cidade não janta (O Joio e O Trigo)
- Sem governo e corporações, ‘solidariedade política’ se espalha pelo Rio (O Joio e O Trigo)
- Casos graves de Covid-19: alimentação e saúde elevam o risco (O Joio e O Trigo)
- Exclusivo: os dados inéditos sobre Covid-19 em frigoríficos de pequenos municípios (O Joio e O Trigo)
- Ambev embala ação de marketing como filantropia e vende patrocínios em garrafas de álcool em gel (The Intercept)
- Anistia Internacional liga JBS a ilegalidades na Amazônia (Deutsche Welle)
- JBS mantém compra de gado de desmatadores da Amazônia mesmo após multa de R$ 25 milhões (Repórter Brasil)
- “JBS é o mais problemático dos frigoríficos brasileiros”, diz diretor de banco que retirou investimento de 240 milhões de reais (El País)
- Entrevista: banco europeu retira investimento de R$ 240 milhões da JBS (O Eco)
Para saber mais…
Livro — A arte da falsa generosidade, Lionel Astruc (Actes Sud, em francês)
Livro — Oneness VS.. The 1%, Vandana Shiva (New Internationalist Publications Ltd, em inglês)
Podcast — Pobre come qualquer coisa?
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Episódio 5 – T2 | Um ilustre desconhecido
Muitos braços, diferentes faces e certo poder. No entanto, poucos viram ou ouviram falar. Dado à discrição, ele pode ser quase considerado um elemento folclórico. Mas, pelo papel que cumpre, ele deveria despertar mais atenção. Trata-se do ILSI, o International Life Sciences Institute, uma organização fundada pela Coca-Cola e patrocinado por grandes corporações das de alimentação, farmácia e agronegócio para incentivar pesquisas que valorizem a venda de seus produtos — muitos deles relacionados a problemas sanitários e ambientais.
Entrevistados
- Franco Lajolo, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Diretor e presidente do Conselho Científico e de Administração do ILSI no Brasil.
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- Fatos curiosos sobre a Coca-Cola (Business Insider)
- Em 2015, OMS recomenda redução de consumo de açúcar (OMS)
- Estudo financiado pelo ILSI sobre os efeitos de açúcares adicionados na saúde, questionando as diretrizes da OMS (Annals of Internal Medicine)
- Dados sobre obesidade na Malásia (OMS)
- Estudo que analisa se instituições de caridade financiadas pela indústria promovem ciência baseada em evidências ou estudos com fins de advocacy (Global Health)
- Mars Inc diz adeus ao ILSI, olá à política científica (Food Politics)
Reportagens
- Mars critica pesquisa financiada pela indústria do açúcar (Associated Press)
- Estudo ligado à indústria alimentícia tenta desacreditar as diretrizes para o açúcar (The New York Times)
- Gigantes dos ultraprocessados e autoridades chinesas dividem escritórios (The New York Times)
- Um grupo industrial sombrio molda a política alimentar no mundo (The New York Times)
- Stranger things nos bastidores da ciência da alimentação (O Joio e O Trigo)
- Os bolsos gordos da ciência da obesidade (O Joio e O Trigo)
- Ultra-ataque: pesquisador brasileiro é alvo de transnacionais de alimentos (O Joio e O Trigo)
- Indústria de alimentos ocupa espaços da Universidade na Anvisa (O Joio e O Trigo)
- “Cada um está submetido às éticas próprias’, diz diretor de Instituto ligado à Coca-Cola (O Joio e O Trigo)
- A guerra dos ultraprocessados entra na fase de batalha campal (O Joio e O Trigo)
Para saber mais…
- Livro — Uma verdade indigesta, Marion Nestle (Editora Elefante)
- Podcast — A Coca-Cola e os interesses na ciência & Superalimentos
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Episódio 4 – T2 | A pandemia na pandemia
A maneira como a indústria dos alimentos ultraprocessados lida com a grave epidemia global de obesidade lembra a brincadeira infantil “comigo não morreu”. As empresas responsáveis por lotar as prateleiras dos supermercados com comida-porcaria utilizam todas as estratégias possíveis e imagináveis para empurrar a responsabilidade pela obesidade para longe de si. Colocam em prática estratégias para se isentar do problema que ajudaram a criar com seus produtos cheios de açúcar, sódio e gordura.
Entrevistados
- Fernanda Rauber, pesquisadora do Nupens/USP e professora colaboradora do Departamento de Nutrição da USP.
- Mario Carra, presidente Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica)
- Fabio Gomes, assessor regional de Nutrição e Atividade Física, OPAS/OMS
- Mélissa Mialon, engenheira de alimentos e doutora em saúde pública. Pesquisa conflito de interesses na indústria de alimentos na América Latina.
Fontes de informação citadas no episódio
Dados, pesquisas e relatórios
- The Economic Cost of an Obese Society (Investopedia)
- Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018 (Governo Federal)
- Deaths Attributable to High Body Mass in Brazil (CDC)
- Hugo Ramírez, Subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do México (Twitter)
- The State of Food Security and Nutrition in the World 2019 (FAO)
- Obesity and overweight – Key facts (OMS)
- How the world could better fight obesity (McKinsey Global Institute)
- Alexandra Gurgel/Movimento Corpo Livre (Instagram)
Reportagens
- Livro desmonta ideia de que alimentação é questão de escolhas individuais (O Joio e O Trigo)
- Após 26 anos de trabalho, pirâmide dos alimentos não quer se aposentar (O Joio e O Trigo)
- Um terço da população mundial está desnutrida ou com excesso de peso, diz estudo (Agência WFP/ONU)
Para saber mais…
Livro — A Dieta Neoliberal, de Gerardo Otero (Editora Elefante)
Podcast — Parece comida, mas não é
Reportagem — Obesidade não é definida pelo peso, diz nova diretriz do Canadá (BBC News, em inglês)
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Episódio 3 – T2 | Pobre come qualquer coisa?
A pandemia do novo coronavírus agravou a situação de muitos brasileiros que já se encontravam em situação de vulnerabilidade social. Iniciativas públicas, privadas e da sociedade civil foram organizadas para tentar fazer com que comida chegasse ao prato de quem mais precisa. No caso das cestas básicas distribuídas pelo governo do Estado de São Paulo, isso significou não só disponibilizar arroz e feijão, mas também itens ultraprocessados que foram doados por empresas como Danone, Bauducco e Nestlé. O consumo de alimentos ultraprocessados, em geral, está relacionado a problemas de saúde como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares que, por sua vez, são fatores de risco para casos fatais de Covid-19.
Entrevistado
- Kiko Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- Segurança alimentar em tempos de Covid-19 (Fiocruz)
- Portal de doações de bens, materiais e serviços para o combate ao Covid-19 no Estado de São Paulo (Governo do Estado de São Paulo)
- Lista de doações aprovadas (Governo do Estado de São Paulo)
- O papel da alimentação adequada e saudável durante a pandemia de Covid-19 (Ministério da Saúde)
- No Brasil, a estatística é de que três a cada quatro mortes por Covid-19 confirmadas acompanham algum fator de risco (Ministério da Saúde)
- Um quarto dos brasileiros adultos possui hipertensão, quase 20% está obeso e cerca de 8% são diabéticos. Todos fatores de risco associados à fatalidade do novo coronavírus (Pesquisa Vigitel 2018)
- Incidência de DCNTs é maior na fatia da população com menos escolaridade.
- Metodologia para composição da cesta básica de alimentos (Dieese)
- Cardápio para o dia a dia usando alimentos da cesta básica (Governo do Estado de São Paulo)
- Ações de responsabilidade social das indústrias de alimentos para o enfrentamento da Covid-19 (Abia)
Reportagens
- Casos graves de Covid-19: alimentação e saúde elevam o risco
- João Doria e arcebispo de São Paulo: “Pobre não tem hábito alimentar, pobre tem fome”
- Produtor rural destrói toneladas de alimentos no cinturão verde de São Paulo (Folha de S. Paulo)
- Fundação compra produção do cinturão verde e doa para comunidades carentes (Folha de S. Paulo)
Para saber mais…
Iniciativas mencionadas no episódio
Favela Orgânica
Projeto Campo Favela
Pontes da Terra
De Ponta a Ponta
Anticorpos agroecológicos
Podcast — Prato Cheio episódio 3 | T1 – Fome, uma coisa horrorosa
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Episódio 2 – T2 | A Coca-Cola e os interesses na ciência
O investimento que a Coca-Cola faz para apoiar pesquisadores é bem menos conhecido do que as suas propagandas ou campanhas de marketing. No entanto, os interesses da empresa na ciência podem ser um fator muito mais decisivo para o poder que ela detém. Nessa seara, estão práticas de financiamento de pesquisas que acobertam fatos, como o de que refrigerantes fazem mal à saúde, e distorcem evidências, acarretando problemas sanitários mundo afora.
Entrevistados
- Camila Maranha Paes de Carvalho, professora adjunta na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Nutrição, principalmente nos temas de políticas públicas de alimentação e nutrição, segurança alimentar e nutricional e conflito de interesses.
- Paulo Serôdio, do Departamento de Sociologia da Universidade de Oxford. É um dos pesquisadores envolvidos no estudo de 2018 que coloca em xeque a política de transparência da Coca-Cola em relação ao financiamento de estudos científicos.
Fontes de informação citadas no episódio
Dados e pesquisas
- Estatística sobre a ingestão média americana de refrigerantes contribuição calórica total da dieta (Centro Nacional de Estatísticas da Saúde)
- Estatística sobre a ingestão média brasileira de refrigerantes contribuição calórica total da dieta (Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018)
- Estudo publicado que analisa a troca de e-mails entre funcionários da Coca e o Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças. O CDC, na sigla em inglês. é ligado ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos e é responsável por decidir o que faz bem ou mal para a saúde da população norte-americana.
- Pesquisa revela que Estudos sobre bebidas açucaradas que foram financiados pela indústria tem cinco vezes mais chances de não encontrar uma relação entre bebidas açucaradas e ganho de peso do que estudos cujos autores não relataram conflitos de financiamento.
- Estudo que revela discrepância entre a promessa da Coca de ser mais transparente e a realidade e que mostra que a maior parte dos pesquisadores com trabalhos financiados pela empresa ficou de fora das listas divulgadas.
Reportagens
- Discussão sobre regulamentação da venda de refrigerantes em alguns estabelecimentos em Nova Iorque
- Reportagem de Anahad O’Connor que expõe estratégia da Coca-Cola de financiar cientistas que focam na falta de exercício físico como culpada por problemas de saúde e diminuem o papel da dieta na epidemia da obesidade
- Entrevista com Anahad O’Connor, jornalista que publicou a matéria no The New York Times desmascarando a Rede Global de Balanço Energético e cientistas financiados pela Coca-Cola
- Reportagem que revela a relação entre a Rede de Balanço Energético Global e a Coca-Cola
- Coca-Cola atuou para barrar políticas de saúde pelo mundo, mostram documentos
- Estudo coloca em xeque política de transparência da Coca-Cola
- E-mails revelam intimidade e influência de Coca-Cola sobre agência de saúde nos Estados Unidos
- Transparente nos Estados Unidos, Coca-Cola adota segredo sobre relação com pesquisadores no Brasil
- Fábrica da Coca-Cola: a felicidade te espera mesmo lá dentro?
Para saber mais…
Livro — Uma Verdade Indigesta, de Marion Nestle (Ed. Elefante)
Podcast — Prato Cheio | Episódio 5 – Superalimentos
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Direção de temporada Guilherme Zocchio | Roteiro Marina Yamaoka | Narração Juliana Geitens & Victor Matioli | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda FloraTrilha sonora Blue Dot Sessions
Episódio 1 – T2 | A indústria na mesa do café da manhã
Tornou-se lugar-comum a concepção de que o café da manhã é “a refeição mais importante do dia”. A ideia ganhou força com estudos que associam a ingestão matinal de alimentos a benefícios à saúde. Pesquisas que reforçam essa noção, no entanto, servem mais a interesses comerciais do que científicos, pois recebem financiamento de empresas que vendem produtos lácteos e cereais açucarados. Contraditoriamente, o consumo destes itens —em geral, ultraprocessados— está não só relacionados a problemas de saúde, como também à descaracterização de hábitos alimentares culturais.
Entrevistadas
- Daniela Silva Canella, professora Adjunta do Departamento de Nutrição Aplicada e do Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
- Adriana Salay, historiadora que estuda Brasil contemporâneo e temas relacionados à fome, identidade e hábitos alimentares.
Fontes de informação citadas no episódio
Estudos
- Estudo que aponta que pular o café da manhã estaria relacionado ao excesso de peso e a obesidade (1)
- Estudo que aponta que pular o café da manhã estaria relacionado ao excesso de peso e a obesidade (2) (patrocínio de Cereal Partners e Nestlé)
- Estudo que relaciona jejum pela manhã a efeitos negativos na cognição (apoiado pela Kellogs)
- Estudo que reflete sobre a necessidade de entender diferenças regionais e o que o café da manhã significa em diferentes locais
- Estudo sobre a importância da qualidade do café da manhã
- Estudo que afirma não ser possível tirar conclusões definitivas a respeito da relação entre o ato de tomar café da manhã e os ditos benefícios para a saúde (1)
- Estudo que afirma não ser possível tirar conclusões definitivas a respeito da relação entre o ato de tomar café da manhã e os ditos benefícios para a saúde (2)
- Estudo que afirma não ser possível tirar conclusões definitivas a respeito da relação entre o ato de tomar café da manhã e os ditos benefícios para a saúde (3)
- Estudo que afirma não ser possível tirar conclusões definitivas a respeito da relação entre o ato de tomar café da manhã e os ditos benefícios para a saúde (4)
- Estudo que aponta que jovens brasileiros não conseomem cereais, laticínios e frutas e verduras como deveriam
- No Brasil, as DCNT foram responsáveis, em 2016, por 74% do total de mortes, com destaque para doenças cardiovasculares (Ministério da Saúde)
Reportagens
Para saber mais…
Livro — “História da Alimentação no Brasil”, de Luis da Câmara Cascudo
Podcast — Prato Cheio | Episódio 1 – T1 Parece comida, mas não é
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Direção de temporada Guilherme Zocchio Roteiro Marina Yamaoka e João de Mari | Narração Guilherme Zocchio & Marina Yamaoka | Edição de Som Victor Oliveira | Produção Marina Yamaoka | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora | Trilha sonora Blue Dot Sessions
Esse podcast está no ar graças ao apoio da Fundação Heinrich Böll e das doações de 276 ouvintes que participaram de uma campanha de financiamento coletivo
*
Petiscos
Enquanto a segunda temporada do podcast Prato Cheio está no forno, preparamos uma série de boletins especiais para “enganar o estômago” e deixar a água na boca para o prato principal.
Petisco 1 | Os abates da Covid-19
A maior parte dos frigoríficos de grande porte está em cidades pequenas. Sistemas de saúde frágeis, média salarial baixa, poucas associações organizadas de trabalhadores. Um dos líderes mundiais na produção de carnes, o Brasil vê os casos de Covid-19 explodirem em municípios que abrigam frigoríficos. A falta de dados e a inação de parte do poder público formam uma tempestade perfeita, como mostra a investigação do Joio.
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Roteiro e narração João Peres & Juliana Geitens | Produção & edição Victor Oliveira | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
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1ª Temporada
A primeira temporada do Prato Cheio tratou, em sete episódios canônicos e um bônus dos alimentos ultraprocessados: o que são, o que fazem e de onde vêm. Depois, em cinco capítulos especiais, o podcast, já no início da pandemia, abordou os efeitos que a crise do coronavírus trouxe para o sistema alimentar.
Episódio bônus #1 | Uma cozinheira de mão cheia: Paola Carosella
O primeiro episódio de entrevista do Prato Cheio recebe uma cozinheira de mão cheia. Desde os 18 anos, o lugar dela no mundo é a cozinha. Ela é dona do Arturito, um restaurante de comida caseira muito bem feita, em São Paulo. Tem uma rede de cafés que serve empanadas, com um nome adorável de falar: La Guapa. Também é mãe, esposa, filha, tuiteira e, além de tudo isso, apresentadora do programa de televisão MasterChef.
Entrevistada
- Paola Carosella, empresária, cozinheira e apresentadora do programa de televisão MasterChef
Para saber mais…
Acompanhe o site pessoal da Paola Carosella e siga ela nas redes sociais (Twitter e Instagram). Também veja a página dos restaurantes dela na internet: Arturito e La Guapa.
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Roteiro Guilherme Zocchio & Natália Silva | Narração Guilherme Zocchio & Natália Silva | Produção & edição Natália Silva | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
Especial coronavírus | #5
A pandemia de Covid-19 trouxe à tona a necessidade de um sistema público de saúde forte em âmbito global. No Brasil, também reavivou os problemas sanitários que a desigualdade social produz. No mesmo contexto, a iminência da fome em diversos países desperta a necessidade de fomentar novas práticas no sistema alimentar. Com entrevista com o ex-diretor da FAO e ex-ministro José Graziano, este episódio dá sequência às discussões sobre o mundo pós-coronavírus. Dessa vez, no tocante à saúde e à alimentação.
Entrevistados
- José Graziano, agrônomo, ex-diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), professor universitário e ex-ministro extraordinário da Segurança Alimentar e Combate à Fome no Brasil
- Laura Feuerwerker, médica clínica e sanitarista, professora associada da Faculdade de Saúde Pública da USP
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- PIB dos países no mundo (Banco Mundial)
- Esta reportagem cita um relatório que mede a desigualdade do Brasil (UOL)
- Esta reportagem cita o relatório da ONU sobre aumento da fome mundial
- População vivendo em agrupamentos subnormais (Censo 2010 – IBGE)
- Queda da poluição da cidade de São Paulo (Cetesb/Agência FAPESP)
Reportagens
- Descolonizar o imaginário para sobreviver ao coronavírus (e depois)
- Casos graves de Covid-19: alimentação e saúde elevam o risco
- Coronavírus mostra urgência em superar ‘dieta’ neoliberal
- Por cultura alimentar, CSA’s juntam de quilombolas a ‘urbanoides’
- Obesidade, desnutrição, mudanças climáticas: três faces de uma mesma questão
- A resistência da indústria de alimentos pode custar caro. Para ela e para nós
- Sistema de saúde público ‘salvou minha vida’, diz Boris Johnson (Folha)
- As propostas de Bernie Sanders para a Saúde (O Globo)
Para saber mais…
- Livro — “O Bem Viver” (Editora Elefante / Autonomia Literária), de Alberto Costa (Trad. Tadeu Breda)
- Livro — “Destruição em Massa: Geopolítica da Fome” (Cortez Editora), de Jean Zigler (Trad. José Paulo Netto)
- Podcast — Fome, uma coisa horrorosa
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Roteiro Guilherme Zocchio | Narração Guilherme Zocchio & João Peres | Edição Victor Oliveira | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
Especial coronavírus | #4
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos anos e a pandemia do coronavírus são dois fatos que questionam a eficiência de certas políticas adotadas no país. Além deles, a criação de um programa de renda básica, apesar de limitado e emergencial, mostra que há algo novo nas discussões sobre economia. Este episódio do podcast toma tais eventos como um exercício para pensar o futuro do Brasil. [SPOILER] Outrora, um poeta perguntou: “Quantas anos precisará um povo existir até que possa alcançar a liberdade?”
Entrevistados
- Daniel Pereira Andrade, sociólogo, professor de sociologia na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP)
- Grazielle Custódio David, doutoranda em desenvolvimento econômico pela Unicamp, produtora do podcast ‘É da sua conta’ e assessora da Red de Justicia Fiscal de América Latina y el Caribe
Fontes de informação citadas no episódio
Dados
- Beneficiários de planos privados de saúde, por cobertura assistencial (Brasil – 2009-2019)
- Produto Interno Bruto – PIB (IBGE)
Reportagens
- Descolonizar o imaginário para sobreviver ao coronavírus (e depois)
- Casos graves de Covid-19: alimentação e saúde elevam o risco
- Coronavírus mostra urgência em superar ‘dieta’ neoliberal
- Toma essa: os bilhões que damos todos os anos à indústria de refrigerantes
- Coronavírus: Senado aprova auxílio emergencial de R$ 600
- ‘Tudo indica que vou viver para ver a renda básica implementada’, diz Eduardo Suplicy
Trechos de vídeos utilizados nesse episódio
Para saber mais…
- Entrevista – ‘Chomsky: “coronavírus é algo sério o suficiente, mas há algo mais terrível se aproximando”’
- Livro – 1984 (George Orwell)
- Podcast – É da Sua Conta
- Podcast – Lavando a Roupa Suja #1 | Imposto do Pecado, Prato Cheio
- Artigo – Economistas liberais precisam ser responsabilizados pelo baixo crescimento (Daniel Pereira Andrade)
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Roteiro Guilherme Zocchio | Narração Guilherme Zocchio & João Peres | Edição Victor Oliveira | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
Trilha sonora Blue Dot Sessions
Lavando a louça suja | #1
A criação de um imposto para desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde e oneram o sistema público entrou no debate da reforma tributária. De maneira surpreendente, um dos defensores da proposta é o ministro da Economia, Paulo Guedes. Quais os prós e os contras de determinar uma tributação especial para álcool, tabaco e comida-porcaria? A medida desestimula o consumo? Pune os mais pobres? Deve ser acompanhada de outras políticas públicas?
Entrevistados
- Tathiane Piscitelli, professora de direito tributário e finanças públicas da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, é doutora e mestre em direito pela Faculdade de Direito da USP
- Flavio Rubinstein, professor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, doutor e mestre em Direito Econômico, Financeiro e Tributário pela Faculdade de Direito da USP. Mestre pela Harvard Law School.
Para saber mais
- Toma essa: os bilhões que damos todos os anos à indústria de refrigerantes
- Coca-Cola é investigada por esquema bilionário para não pagar impostos
- O Brasil na contramão e os incentivos fiscais às bebidas açucaradas
- Vale a pena tributar o ‘pecado’?
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Roteiro João Peres | Mediação João Peres | Edição Natália Silva | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
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Especial coronavírus | #3
Os agricultores que levam comida ao prato de milhões de brasileiros também sofrem os efeitos da Covid-19. Pequenos produtores rurais sentem não só os efeitos econômicos da crise desencadeada pela pandemia da nova doença, como eles temem que sejam infectados. Pelo menos 15% da população brasileira vive no campo, segundo o IBGE, e o país tem 15 milhões de produtores rurais, com uma parcela considerável incluída nos grupos de risco.
Entrevistados
- Milton Fornazieri, dirigente do setor de produção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Aristides Santos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)
- Jairo Francisco Bauer da Rosa, produtor rural da Rede Ecovida em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul
- Paula Silva Ferreira, agricultora da Rede Povos da Mata em Irecê, no interior da Bahia
Fontes de informação citadas no episódio
Pesquisas e documentos
- Censo Agropecuário 2017
- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015
- Petição da Articulação Nacional de Agroecologia ao Governo Federal
- Esta reportagem da Agência Brasil cita uma pesquisa apoiada pelo antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário sobre a população no campo
Leis, normas e regras
- Instituição do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – Lei 10.696/2003
- Determinação de aquisição de um mínimo de 30% de itens oriundos da agricultura familiar no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) – Lei 11.947/2009
- Alteração no PNAE em razão da situação de calamidade pública desencadeada pela pandemia de Covid-19 – Lei 13.897/2020
- Regulamentação das modificações previstas no PNAE – Resolução nº 2 de 9 de abril de 2020 publicada no Diário Oficial da União
Reportagens
- No Censo Agropecuário, o latifúndio sobe e a produção familiar desce
- No governo do Mito, compras públicas de alimentos viram lenda
- Arquitetura da destruição das políticas de combate à fome no Brasil
- Coronavírus e agricultura: a realidade de quem coloca a comida no seu prato
Para saber mais…
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em conjunto com organizações parceiras, organizou um mapa que mostra estabelecimentos que vendem produtos orgânicos vindos diretamente dos produtores rurais. Disponível neste link: https://feirasorganicas.org.br/comidadeverdade/
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Especial coronavírus | #2
No Brasil, na Itália, nos Estados Unidos, na Índia, em praticamente qualquer lugar do planeta, uma cena em comum: brigas por papel higiênico e álcool, carrinhos de compra abarrotados, empurra-empurra nos caixas: em meio a tantos derrotados, o supermercadismo é um dos vencedores claros desses primeiros meses de crise do coronavírus. Analisamos como a dependência absoluta da população em relação às grandes redes de varejo e atacarejo se tornou ainda mais evidente em meio à pandemia.
Entrevistados
- Funcionários de supermercados (anonimamente)
- Potira Preiss, integrante do Grupo de Estudos em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Fontes de informação citadas no episódio
Publicações
- Cadastro Nacional de Empresas do IBGE
- Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE
- Dados do Ministério Público do Trabalho
- “Os supermercados vencerão a batalha da comida?”, Folha de S. Paulo, dez. 1970.
Trechos de vídeos utilizados nesse episódio
- https://www.youtube.com/watch?v=wzJyI7UF_M0
- https://www.youtube.com/watch?v=xyn8ENuEUuk
- https://www.youtube.com/watch?v=qHdx3ntiLK4
- https://www.youtube.com/watch?v=_qEU8NkD6IE
- https://www.youtube.com/watch?v=5OkSXI98nmA
- https://www.youtube.com/watch?v=WAf40nlapS4
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Roteiro João Peres & Victor Matioli | Narração João Peres & Victor Matioli | Edição Victor Oliveira | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
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Especial coronavírus | #1
A fome causada pela crise do novo coronavírus matará mais gente que a própria doença no Brasil? É cedo para pensar em respostas. Mas as medidas adotadas desde o primeiro dia do governo de Jair Bolsonaro, somadas àquelas tiradas da cartola nas últimas semanas pela equipe econômica, formam uma tempestade perfeita.
Fontes de informação citadas no episódio
Publicações
- Coronavírus: Brasil não tem estoque de alimentos para enfrentar desabastecimento
- Covid-19: os três personagens da tragédia anunciada
- Arquitetura da destruição das políticas de combate à fome no Brasil
- No governo do Mito, compras públicas de alimentos viram lenda
- Programa de cisternas enfrenta ‘seca’ de recursos e fome bate à porta do semiárido
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Episódio #7
O que é mais difícil de aguentar? As dores do parto ou os conselhos não solicitados sobre a maternidade? Nesse episódio, falamos sobre como palpites podem prejudicar a amamentação e a introdução alimentar; e sobre um documento do Ministério da Saúde elaborado para tirar as dúvidas sobre esses temas.
Entrevistados
- Inês Rugani, professora associada do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (INU/UERJ).
- Sueli Belizario, mãe da Natália Silva.
- Simone Cogo Fronckowiak, mãe da Juliana Fronckowiak Geitens.
Fontes de informação citadas no episódio
Publicações e pesquisas científicas
- Guia alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos (2019), Ministério da Saúde
- Artigo Tendência de indicadores do aleitamento materno no Brasil em três décadas, publicado em Revista de Saúde Pública.
- ArtigoWhy invest, and what it will take to improve breastfeeding practices?, publicado em The Lancet.
Artigo Amamentação no século 21: epidemiologia, mecanismos, e efeitos ao longo da vida, publicado em Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil (RESS).
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Roteiro e narração Natália Silva & Juliana Geitens | Produção e edição Natália Silva | Checagem de fatos João Peres | Design Denise Matsumoto | Mídias Sociais Amanda Flora
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Episódio #6
O Brasil se aproxima de uma tragédia mexicana. O desmonte de programas públicos voltados à alimentação, o estímulo infinito ao agronegócio, a desvalorização da cultura alimentar, a precariedade laboral: estamos seguindo a cartilha perfeita para chegar ao cenário que devasta o México desde os anos 1990. Lá, a promessa de combate à corrupção, eficiência e prosperidade não se cumpriu. Os índices de pobreza seguem altíssimos. O diabetes se transformou na maior causa de morte. A indústria de ultraprocessados e o fast-food viraram a comida do dia a dia.
Entrevistados
- Julieta Ponce, da coalizão Sin Maiz no Hay País, é nutróloga e integra o Centro de Orientação Alimentar do México
- Mariana Ortega Ramírez, pesquisadora que integra a Alianza por Nuestra Tortilla
- Blanca Estela Mejia Castillo, diretora do Conselho Reitor da Tortilla Tradicional Mexicana
- Alejandro Calvillo, diretor da ONG El Poder del Consumidor
- Malin Jonsson, da organização Semillas de Vida
Fontes de informação citadas no episódio
Livro
- Milho, fundamento da cultura popular mexicana, Guillermo Bonfil Batalla (1982)
- The neoliberal diet, Gerardo Otero (2018)
- De la milpa a los tortibonos, Kirsten Appendini (1991)
Publicações e pesquisas científicas
- Joaquín A. Marrón-Ponce, Mario Flores, Gustavo Cediel, Carlos Augusto Monteiro, Carolina Batis. Associations between Consumption of Ultra-Processed Foods and Intake of Nutrients Related to Chronic Non-Communicable Diseases in Mexico, Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, Volume 119, Issue 11, 2019, Pages 1852-1865
- Gómez, Eduardo J. “The Transnational and Domestic Contexts Facilitating Sugary Beverage and Fast Food Industry Policy and Research Manipulation in Mexico, Brazil, and India”. Paper prepared for the Annual Meeting of the American Political Science Association, August 30-September 2, 2018, Boston, Massachusetts.
- Delgado, Juan, Market Structure, Growth and Competition in the Supermarket Sector in Latin America (September 3, 2015). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=2660118 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2660118
- Galvez, Alyshia. Eating NAFTA. Trade, Food Policies, and the Destruction of Mexico. Berkeley: University of California Press, 2018.
Para saber mais…
- Documentário Dulce Agonia.
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Trilha sonora Quincas, de Beto Villares (disponível em Free Music Archive) e Blue Dot Sessions
Episódio#5
Comidas extraordinárias e com supostos benefícios à saúde. O que parece uma panaceia, no entanto, não passa de um olhar reducionista que vê a cozinha como uma bula de remédio. Nesta semana no Prato Cheio, vamos falar dos Super-alimentos.
Fontes de informação citadas no episódio
Trechos de áudio
- Os trechos de propagandas e programas de TV foram retirados de vídeos públicos disponíveis na internet.
Livro
- Nutritionism, de Gyorgy Scrinis (2013)
Publicações e pesquisas científicas
- Esta reportagem da Folha de S. Paulo descreve como foi feita a pesquisa coordenada por Kevin Hall e os resultados obtidos.
Para saber mais…
- Como comentamos no episódio, a tradução da obra de Gyorgy Scrinis será lançada em breve pela Editora Elefante. Vale a leitura.
- No livro Em Defesa da Comida (2008), Michael Pollan fala sobre os impactos que visões reducionistas da alimentação causaram nos Estados Unidos, que convive com altos índices de doenças crônicas – como obesidade, diabetes e hipertensão.
- Neste vídeo do The New York Times, Michael Pollan e Michael Moss – autor de Sal, açúcar e gordura (2013) falam sobre alimentos ultraprocessados enquanto observam as prateleiras de um supermercado.
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Episódio #4
Imagina que alguém rouba algo de você. Não algo de valor material, mas de grande valor afetivo. É irrecuperável, né? Então, a apropriação de identidades e afetos é isso. E daí vale quase tudo. Além de utilizar celebridades, imagens, cores, luzes e músicas impactantes, a publicidade tem usado causas sociais para atingir esses objetivos de consumo e lucro. Tem sido comum ver bandeiras legítimas de movimentos feminista, negro e LGBTQIA+ sendo apropriadas para esses fins. A indústria faz parecer que há um movimento inclusivo na publicidade, mas, via de regra, o que está acontecendo é uma adequação de forma, nem tanto de conteúdo.
Entrevistados
- Guilherme Borducchi, publicitário e pesquisador de narrativas em plataformas multimídia.
- Thalita Flor, militante do movimento feminista negro, pela alimentação saudável e cozinheira vegana.
Fontes de informação citadas no episódio
Trechos de áudio
- As sonoras de publicidades foram retiradas de vídeos públicos disponíveis na internet.
- Publicidade 1: Sazon, da Ajinomoto, peça “Amor”, de 1992.
- Publicidade 2: Ifood, peça “Namorada”, da agência NBS, de 2014
- Publicidade 3: Sazon, da Ajinomoto, peça “Xô piriguete”, da agência Dentsu, de 2016.
Livro
- We Were Feminists Once, Andi Zeisler
- O mito da beleza, Naomi Wolf
- A Criação dos mitos na publicidade, Sal Randazzo
Publicações e pesquisas científicas
- Por trás das Marcas, da Oxfam.
- TODXS – Uma análise da representatividade na publicidade brasileira”, da ONU Mulheres
- Instituto Patrícia Galvão
- Data popular, a mulher é quem decide o consumo
Para saber mais…
- Mulheres, negras, moradoras da periferia: a desigualdade alimentar tem endereço
- Relatório mostra falhas em compromissos sociais de Coca, Nestlé, Pepsi e Unilever
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Episódio #3
Mais uma safra recorde de grãos! O Brasil do agro é pop parece ter muito a comemorar. Mas, onde entra soja, gado e milho, alguma coisa tem de sair. Já se foi o Cerrado. Já se vai a Amazônia. O arroz, o feijão, a mandioca estão na lista: nosso consumo per capita caiu consideravelmente ao longo das últimas décadas. Fomos a Belo Horizonte e ao Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, mostrar por que nossa cultura alimentar está tão ameaçada. E por que preservá-la não é uma questão de saudosismo, mas de identidade.
Entrevistados
- Vandir Rodrigues dos Santos, morador do quilombo Ivaporunduva
- Patricia Brito, banqueteira e pesquisadora em alimentação ancestral
- João da Mota, morador do quilombo Nhunguara
- Maria Tereza Vieira, moradora do quilombo Nhunguara
Fontes de informação citadas no episódio
Trechos de áudio
- Quem canta a música do início do episódio é o João Rosa, do Quilombo Sapatu. A captação foi feita pelo Instituto Socioambiental (ISA), que disponibiliza no Youtube vários vídeos sobre a cultura quilombola.
- A paródia com o discurso da Dilma foi feita pelo Timbu Fun e está disponível no Youtube.
- As sonoras de publicidades foram retiradas de vídeos públicos disponíveis na internet.
Livro
- A culinária caipira da Paulistania, de Carlos Alberto Doria (2018)
Publicações e pesquisas científicas
- O Censo Agropecuário 2017 está disponível no site do IBGE.
Para saber mais…
- Para aprender mais sobre a roça de coivara, descrita pelo João da Mota, veja o vídeo do ISA.
- Para entender o que está em jogo com a perda da cultura alimentar, escute o episódio “Pipoca, pamonha e canjica”, do 37 Graus, sobre a diversidade do milho guarani.
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Episódio #2
A fome ainda assombra o Brasil, mas não é mais a mesma de anos atrás. Neste episódio, contamos como esse problema foi mudando ao longo do tempo e qual é a situação do país hoje. Conversamos com Elisabetta Recine, ex-presidente do Consea, e Elza Soares, que sentiu esse drama na pele.
Entrevistados
- Elisabetta Recine, professora da Universidade de Brasília e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
- Elza Soares, cantora e compositora.
Fontes de informação citadas no episódio
Trechos de áudio
- O trecho em que Elza Soares conta sobre sua participação no programa de Ary Barroso é do Programa Roda Vida, da TV Cultura. O conteúdo na íntegra está disponível no canal da emissora no Youtube.
- O discurso de Getúlio Vargas em 1º de maio de 1940 foi retirado de um vídeo no Youtube.
- O discurso de posse de Lula foi obtido em um canal do Youtube que reúne diversos registros históricos
- O discurso de Dilma Rousseff na ONU e o discurso de posse de Jair Bolsonaro foram retirados do canal no Youtube da TV BrasilGov.
- O áudio da coletiva de imprensa em que Bolsonaro fala sobre a fome foi obtido no canal do Youtube da Band.
Livro
- Geografia da Fome, Josué de Castro (1946)
Publicações e pesquisas científicas
Para saber mais…
- Neste texto explicamos, ainda durante as eleições de 2018, por que Jair Bolsonaro representava uma ameaça para a segurança alimentar no Brasil.
- Nossa série Fome de Mentira mostra como essa ameaça se concretizou com rapidez, e hoje o país se encontra sob o risco de voltar ao Mapa da Fome.
- O documentário Josué de Castro – Cidadão do Mundo, disponível no Youtube, conta a história do médico que redefiniu o debate sobre esse assunto no Brasil e no mundo.
- A Agência Pública publicou uma série de reportagens especiais sobre a fome no país. Uma delas explica bem o que é a fome oculta.
- Este artigo científico reúne as políticas de combate à fome desde Getúlio Vargas até Lula. Boa parte das informações do episódio foram retiradas daqui.
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Roteiro, produção e edição Natália Silva | Narração Amanda Flora e Natália Silva | Checagem de fatos João Peres & Moriti Neto | Design Denise Matsumoto | Mídias sociais Amanda Flora
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Episódio #1
O que são alimentos ultraprocessados? E por que devemos evitá-los? Neste episódio, contamos a história de como essa comida que não é comida ganhou espaço na nossa vida e o que sabemos até agora sobre os impactos que ela tem na nossa saúde. Entrevistamos Maria Laura Louzada e Carlos Monteiro, pesquisadores do Nupens/USP.
Entrevistados
- Carlos Augusto Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e coordenador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens)
- Maria Laura Louzada, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP e pesquisadora do Nupens.
Fontes de informação citadas no episódio
Livros
- Crônicas da Guerra na Itália, Rubem Braga (1985)
- Sal, açúcar, gordura, Michael Moss (2013)
Publicações e pesquisas científicas
- Para saber mais sobre a classificação de alimentos por grau de processamento, acesse gratuitamente o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014.
- As Pesquisas de Orçamento Familiar (POF) estão disponíveis no site do IBGE.
- Um documento coordenado por Carlos Monteiro e publicado pela FAO compila todas as evidências científicas contra o consumo de ultraprocessados. Para saber mais, leia o texto que publicamos no site.
Para saber mais…
- Neste texto, falamos sobre o risco de a comida saudável se tornar mais cara do que os produtos ultraprocessados nos próximos anos.
- Neste outro aqui, descrevemos uma pesquisa que mostra uma boa estratégia para afastar os jovens da comida porcaria.
- Aqui, contamos como cientistas patrocinados por fabricantes de ultraprocessados tentam desacreditar pesquisas contrárias a esses produtos.
- Para quem gosta de documentários, a produção Muito Além do Peso (2012) ilustra como a obesidade e a publicidade de ultraprocessados estão entrelaçados. O filme está disponível no Youtube.
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