Em oito episódios inéditos, nova temporada aborda temas que estão na fronteira da produção científica atual, como a produção de carne em laboratório e as tentativas de substituir o açúcar em produtos industrializados.
Comida é encontro. É na mesa que a gente encontra a família e os amigos para compartilhar uma refeição. Numa tacada só, a gente mata a fome, o tempo e a saudade. Mas um prato de comida promove vários outros encontros mais difíceis de perceber. Por exemplo, o encontro entre você e a ciência.
Esse é o tema da quarta temporada do Prato Cheio. O podcast de alimentação de O Joio e O Trigo traz oito novos episódios sobre quem estuda o que comemos. Seja para criar problemas, seja para propor soluções, seja para propor novos problemas fantasiados de solução.
A equipe do Prato Cheio busca mais uma vez apresentar histórias diversas entre si. “A nossa ideia com essa temporada foi promover uma discussão não apenas sobre a ciência, mas sobre os motivos que levam a produzir ciência em torno da alimentação”, diz Marina Yamaoka, produtora-executiva. “A gente espera que os ouvintes embarquem em histórias que desvendam temas que estão na fronteira da produção científica hoje. Ou mesmo assuntos que já são velhos conhecidos, como açúcar e soja, mas que têm uma longa trajetória de avanços e disputas científicas por trás.”
A temporada começa num laboratório que produz carne. Sim, um laboratório. Startups, fundos de investimento e agronegócio apostam a corrida do ouro para saber quem oferecerá as primeiras opções baratas e de larga escala de “carne cultivada”. Uma das muitas respostas polêmicas a um sistema alimentar marcado por problemas de uma ponta a outra.
Por exemplo, na produção da carne mais consumida hoje no Brasil. Um episódio investiga que frango é esse que nasce, cresce e morre em 40 dias. E questiona: isso ainda é um frango? No geral, a temporada coloca uma pergunta: que ciência é essa? E, quando a ciência e o marketing se confundem, isso ainda é ciência? A ciência deve dialogar com os conhecimentos dos povos tradicionais ou ignorá-los?
Mais uma vez, os roteiros buscam trazer informação aprofundada e reflexões. Mas com a ironia e a descontração que caracterizam o trabalho do Joio. Um dos episódios volta aos Estados Unidos dos anos 1970 para uma cena rara: o presidente de uma multinacional passando apuros em público.
A quarta temporada estreia em 17 de agosto, com episódios todas as terças-feiras, às 10h. Essa temporada tem o apoio do Instituto Serrapilheira, que trabalha no apoio à pesquisa e divulgação científica no Brasil. O Joio também é apoiado por ACT Promoção da Saúde, Instituto Ibirapitanga, Idec, Fian e Fundação Heinrich Böll.